quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sayounara, Kagrra

Omou (Memória)

Dispersando a memória fugazmente

A tristeza come o meu coração,vagueando nestas trilhas
Meu passado preso em um espelho, minhas cicatrizes descrevem fielmente
As gotas pingam no escuro
Mesmo as memórias de hoje retornaram à lua, desvanecendo-se de forma que nem mesmo o vento pode alcançar

Eu admiro as pessoas brilhantes, amarradas a uma maldição chamada sonho
Eu não tenho feito nada a não ser correr disso, mas eu estou consado e quero me deitar e dormir

Preso pela escuridão caótica

Mesmo as memórias de hoje retornaram à lua, desvanecendo-se de forma que nem mesmo o vento pode alcançar.

Dispersando a memória fugazmente

Minha dor eu esquecerei, se somente a cor e o tempo desaparecerem
Mesmo as memórias de hoje retornaram à lua, desvanecendo-se de forma que nem mesmo o vento pode alcançar.

O sofrimento ecoa mais uma vez.

Minha homenagem à maravilhosa banda Kagrra, que anunciou sua separação depois de 10 anos de carreira.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O grande livro

Quando tinha 9 anos, li em um livro que Deus me amava e que eu devia amá-lo acima de todas as coisas. Ele havia criado tudo (criado minha mãe e meus avós) e eu tinha um certo medo de que, se eu não o amasse, isso poderia ser tirado de mim.
Então eu dizia a mim mesma que o amava. Primeiro a Deus, depois a minha mãe e meus avós. Eu tinha que amar o criador daquilo que eu amava. O escritor antes da obra. O diretor antes do filme. O pizzaiolo antes da pizza. 
Mas qual é o problema de se amar o produto final, apenas? 
Deus não ficará feliz se eu disser "Eu amo minha mãe, meus amigos, meu animal de estimação"? "Eu amo essas pessoas que você criou, cara!" "Eu amo a capacidade que algumas pessoas têm de criar coisas belas!" "Eu amo as coisas belas! As coisas feias! As coisas sujas!"
"Ah, como eu amo as coisas sujas..."
"Legal que essas pessoas que você criou possam ser tão sujas..." "Porque assim eu vejo que são como eu, e isso não é tão ruim assim, né?"
"Né, Deus?"

Eu sinceramente acho que ele não se importa, não. Se eu amar todas essas coisas e não pensar muito nele... E não dar muita atenção pra esse livro aí que fala por ele. E escrever "ele" com letra minúscula.
Eu acho, de verdade, que ele não liga pra essas bobagens.
"Nunca te vi, mas adoro sua pizza, viu. É uma delícia."